A síndrome de burnout, a partir de 1º de janeiro, passou a ser reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um fenômeno relacionado ao trabalho. A síndrome é definida pela OMS como “resultante de um estresse crônico associado ao local de trabalho que não foi adequadamente administrado”, um distúrbio de saúde caracterizado pela exaustão física e emocional.
Depois de uma pandemia mundial, durante a qual a rotina pessoal e profissional de milhões de pessoas foi afetada, doenças relacionadas à saúde mental se tornaram uma grande pauta não somente entre o setor médico, mas também nas empresas.
Burnout, depressão ou estresse?
Quando falamos em saúde mental, é muito comum para o público em geral ficar na dúvida sobre qual o significado de cada termo relacionado ao assunto. Como já comentamos, para a OMS o burnout não é compreendido como uma condição médica, mas sim um fato que se torna presente devido a fatores ligados ao trabalho. Já a depressão é entendida como de fato uma doença psiquiátrica crônica. E por último, mas não menos relevante, o estresse pode ser definido como uma resposta do corpo às circunstâncias de uma rotina de esgotamento físico e mental. No caso do estresse, ele pode ser um indicador de alguma outra doença presente ou uma situação pontual em condições externas.
Em linhas gerais, podemos listar como principais características das três circunstâncias:
Burnout: síndrome que se dá devido ao estresse crônico que, necessariamente, é originada no ambiente de trabalho;
Depressão: doença psiquiátrica crônica que pode afetar pessoas de qualquer idade e devido a qualquer questão pessoal ou profissional;
Estresse: reação fisiológica corporal que necessita de ajustes comportamentais.
Como a síndrome de burnout pode se fazer presente no ambiente corporativo?
A cada dia em que pesquisamos e sabemos mais sobre o burnout, descobrimos o quanto a sociedade tem sido afetada negativamente por esta síndrome. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz) indicou que 47% dos trabalhadores alocados em funções compreendidas como essenciais apresentam sintomas de ansiedade e depressão, condições que podem estar ligadas ao burnout.
No ambiente corporativo existem impactos significativamente negativos no desempenho do colaborador que está desenvolvendo ou já foi acometido pelo burnout como, por exemplo, o aumento de erros operacionais e a redução da produtividade. Estes efeitos da síndrome costumam aumentar gradativamente antes que seja possível reconhecer claramente o burnout e se atue para auxiliar e acompanhar o colaborador na resolução do problema.
Também é importante salientar que, embora a síndrome esteja presente em uma pessoa específica, a sua presença em um membro da equipe pode impactar todos os aspectos do negócio – do resultado dos objetivos empresariais aos colegas de trabalho.
Prezando sempre pelo bem do colaborador, das equipes e da organização como um todo, é importante que a empresa e principalmente as lideranças estejam atentas aos sintomas do burnout na empresa:
– Sentimentos de esgotamento ou exaustão de energia;
– Crescente distanciamento mental ou sentimentos negativos em relação ao trabalho ou colegas de trabalho;
– Eficiência ou produtividade profissional reduzida.
Quais são os sintomas do burnout?
Os sintomas da síndrome de burnout podem ser físicos ou psicológicos, veja quais são:
– Cansaço mental e físico excessivos;
– Insônia;
– Dificuldade de concentração;
– Perda de apetite;
– Irritabilidade e agressividade;
– Lapsos de memória;
– Baixa autoestima;
– Desânimo e apatia;
– Dores de cabeça e no corpo;
– Negatividade constante;
– Sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança;
– Isolamento social;
– Pressão alta;
– Tristeza excessiva.
Como evitar o burnout nas empresas?
Felizmente, é possível evitar que a síndrome de burnout esteja presente no ambiente corporativo e impedir que ela afete a qualidade de vida no trabalho. Este desafio pode ser cumprido seguindo algumas orientações, criando e incentivando ações internas no ambiente de trabalho e na vida pessoal do colaborador. São eles:
– Construa e mantenha viva uma forte cultura corporativa;
– Incentive a prática de exercícios físicos e boa alimentação;
– Proporcione tempo e, se possível, espaços dedicados para a promoção do relaxamento;
– Ensine os colaboradores a pontuar suas preocupações;
– Incentive a interação entre os membros do time;
– Viva momentos entre colegas fora do ambiente corporativo.
Como a síndrome de burnout pode ser tratada?
O tratamento pode ser feito através da psicoterapia, acompanhamento médico e, se necessário, alguns medicamentos. Porém, a melhor forma de gerenciar e prevenir a Síndrome de Burnout não está em ações paliativas, mas na melhoria da qualidade do trabalho a partir de ações dos gestores.
Se você reconhecer estes sintomas ou identificá-los em pessoas conhecidas, não hesite, busque uma análise profissional.
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